Procura-se filmes para crianças

09/08/2010

Animação nem sempre é sinônimo de filmes infantis.

Procura-se filmes de verdade para crianças, e para crianças de verdade. Procura-se filmes encantadores, que não contenham sarcasmo, piadas racistas ou sexistas. Que contenham músicas, mesmo que de início pareçam bregas, mas que daqui a alguns anos farão as crianças se lembrarem dos ‘bons tempos’ ao ouvi-las no rádio.

Você já reparou na quantidade de filmes infantis que surgem no cinema? Principalmente nos meses de férias, como janeiro e julho, uma avalanche de animações invadem as salas e mentes das crianças. Animações, não mais desenhos animados. Em 2009, com o lançamento de “A Princesa e o Sapo”, a Disney inovou justamente por produzir um filme em – pasmem – desenho animado.

Para citar o clássico dos clássicos: “O Rei Leão”, de 1994, é um dos maiores sucessos infantis da Disney. O filme conta a história de Simba, um leão que por motivos dramáticos, se perde de seu reino na floresta. É cheio de músicas marcantes, como “Can You Feel The Love Tonight”, do Elton John. O longa ainda fala sobre lealdade e da eterna batalha do bem contra o mal, quando Simba enfrenta o tio Oscar.

Porém, ultimamente o que se tem visto nas salas de cinema, são filmes de animação com temática cada vez mais adultas. Claro que isso não é ruim, muito pelo contrário. Filmes reflexivos são sempre bem vindos, mas não são infantis. Se você está procurando filmes para os baixinhos (by Xuxa), fique longe desses aqui:

Shrek (2001) – O mais ‘anti-Disney’ de todos os filmes de animação, tira sarro das músicas dos contos de fada da empresa do Mickey. Pássaros, borboletas e princesas têm funções diferentes aqui: também cantam Led Zepellin e fazem vinganças. Apesar de muitos pais acreditarem ser um filme infantil, está longe disso. É preciso ter uma experiência mínima para entender as sacadas e piadas. A trilha sonora, composta por Smash Mouth, realça a témática para ‘crianças crescidas’.

Wall E (2008) – No futuro, a humanidade foi soterrada por seu próprio lixo. A empresa BNL, a única do mundo, envia seres humanos para o espaço sideral, a bordo de uma estação espacial. Wall E, um robô ultrapassado, trabalha sozinho recolhendo o lixo durante 700 anos, e conhece uma robô, EVA, por quem se apaixona.

Up – Altas Aventuras (2009) – maravilhoso filme sobre um vendedor de balões de 78 anos, que vive sozinho. Russell, um garotinho escoteiro tenta oferecer ajuda e é ignorado. A partir daí, eles viverão uma grande aventura. Mais um filme para adultos, lindo, porém sério demais para crianças.

Os Fantasmas de Scrooge (2009) – A história é antiga e se baseia no conto de natal mais famoso (do mundo?) de Charles Dickens. Ebenezer Scrooge é avarento e maltrata os funcionários, até que recebe a visita dos fantasmas dos natais passados. É assustador, tem gritos e sustos. Não recomendável para crianças.

Toy Story 3 (2010) – Lançado 15 anos após o primeiro, conta a história dos brinquedos de Andy, que estão bem vivos no terceiro filme da série. O filme é lindo, com lições sobre moral e lealdade, mas recheado de piadas adultas, sobre o Ken, por exemplo. É um filme para as ‘crianças’ com 15 anos a mais que acompanharam o primeiro.

E vem por aí…

Enrolados (2010) – Uma aposta de “Shrek” da Disney, conta a história da Rapunzel de uma forma diferente… Clique para ver o trailer.

Com tanta necessidade de reinvenção, principalmente no cinema infantil, que antes era tomado por clássicos de princesas, musicais, passarinhos e etc., daqui a pouco clichê mesmo será produzir os nada infantis filmes para crianças.


Destino das princesas

16/07/2010

O que aconteceu após o ‘viveram felizes para sempre’?

Branca de Neve

Bela (de A Bela e a Fera)

A Bela Adormecida

Chapeuzinho (inho?)

Cinderela


Crise existencial inexistente

01/07/2010

Não sei vocês, mas tive minha época de bicho-grilo que quer mudar o mundo. Acho que foi dos 13 aos 19 anos. Tempos de ler Nietzsche, Descartes, filosofar sobre a falta de sentido da existência, essas coisas. Acredito que quase todo estudante de letras tenha esse problema (fiz um ano e meio, tranquei, pois não queria ser professora).

Não significa que tentar, ser ou querer se tornar meio-intelectual, meio de esquerda, como diria o Antonio Prata, seja um problema de fato. É que a vida fica mais difícil se você achar que a culpa dos problemas da humanidade está na sua frágil existência e incompetência em mudar o mundo. Apenas isso.

Platão acreditava em um ser superior, que controla todo o universo. Deus? Alá? Edir Macedo? Ninguém sabe. Além disso, acreditava também na existência de uma alma imortal. Não sei se quando morrer “passarei desta para uma melhor”, mas naqueles tempos difíceis, tentava responder a essas e outras questões com ateísmo e indagações. Em meio às apostilas das massacrantes matérias do curso, misturavam-se revistas e livros de filosofia. Teorias existenciais tentavam explicar o inexplicável: como eu me sentia tão vazia e sozinha na companhia de tanta gente importante (Platão, Sócrates, Nietzsche e até Augusto dos Anjos)?

O grande problema foi que eu me fechei com tantas perguntas e não procurei respostas, nem permiti que me ajudassem. Calma, não estou falando que eu era uma adolescente deprimida, só tinha meus momentos. O óbvio é a coisa mais difícil de enxergar, sempre. Experimente colocar um objeto acima do seu nariz, o que você verá? Provavelmente um objeto acima do seu nariz, porém totalmente embaçado e impossível de ser identificado.

Talvez tenham sido somente crises adolescentes-comunistas, onde o sonho de ter nascido nos anos 50 e ter ido a um show do Beatles imperava, talvez tenha sido mais sério. Não sei. E essas duas mágicas, simples, sinceras e fascinantes palavras (não sei) me ajudaram – e ajudam – muito. Com elas, você pode perceber que não há respostas para tudo no mundo, e o melhor: você não precisa saber de tudo.

Hoje não posso ser pretensiosa e dizer que minha vida mudou completamente, que sou outra pessoa, que encontrei Jesus ou dou palestras motivacionais ao lado de Donald Trump. Apenas escrevo textos que talvez alguém possa se identificar e tento usar paradoxos e ironias nos títulos. E quem sabe convenço alguém de que ver comédias Blockbusters de vez em quando pode ser legal, mesmo com o livro “Humano, Demasiado Humano” escondido atrás do sofá.


Este é o meu tempo

23/06/2010

Um dia desses tive uma conversa com o tempo. Nada sério demais, perguntei apenas como estavam suas horas, seus minutos, seus segundos e milésimos de segundos. Achei-me então íntima demais para perguntar por que eles nunca paravam, nem para observar da maneira mais lenta possível a chuva que começava a cair ou a flor que acabara de morrer.

Nessa conversa, tentei entender por que as pessoas planejam tantas atividades, tantos sonhos, tantos planos… E por vezes ele não nos deixa cumprir. Tive um pingo de raiva quando pensei em esclarecer alguns minutos periféricos, que passavam com a pressa de um fugitivo quando queríamos que assumissem o modo slow, ou demoravam a chegar como uma joaninha a correr contra uma lebre.

Por que ele insistia em nos envelhecer, em arrancar do presente a alegria de viver e torná-lo em uma triste lembrança? Por que ele não voltava atrás nunca, não nos dava opção de escolha? Sei lá, que tal disponibilizar algum tipo de teste drive – a ideia não era de toda ruim, você testa o futuro, o passado e, se não gosta, modifica no presente. Simplesmente.

Enquanto eu gesticulava, questionava e franzia a sobrancelha, ele me observava calmo, como só quem é dono do seu próprio tempo poderia fazer. O pingo de raiva virou uma poça. Qual a justiça nisso? Escolher um caminho significa excluir outros tantos, e não há tempo para dúvidas. Nem para isso?

Onde foi parar os momentos com meu avô, a cantarolar pelas ruas do Jardim Rosaura? Cadê aquela época de doces, nuvens e lágrimas? Por que não tenho mais os dentes de leite e as sardas? Em que lugar deixei as brincadeiras, os personagens, as fantasias?

“Você levou!”, acusei-o. Levou a infância, a inocência, os gostos gostosos. Você que tirou de mim o cheiro de mãe, o mimo do avô, a conversa do pai. Por que me tiraste os risos dos irmãos, o arco-íris de chuva e sol, o calor das canções e as histórias? Que graça tem a realidade? Viver esse presente sem vida, sem razão?

Então me chacoalhei, com quem quer acalmar-se, e percebi que ele ainda me observava. Era sua vez de falar. Mas ele não falou. Era chegada a hora para responder, mas ele também não respondeu. Não falou, não sorriu, não perguntou, apenas me olhou. E eu entendi.

É certo que desejamos ter de volta os chamegos do tempo vivido, da escolha feita. Queremos ter de volta aquele tempo para fazermos nada, apenas o que der vontade. Mas, se ele não passasse, não saberíamos o significado nu e cru da palavra saudade.

O tempo passou. A saudade ficou. E eu…Bom, essa é outra história.


Resiliência

23/06/2010

*** Agradecimento à Sheila (www.twitter.com/shemello) que enviou o texto por e-mail.

Autoria : Tom Coelho

Hoje, a tristeza me visitou. Tocou a campainha, subiu as escadas, bateu à porta e entrou. Não ofereci resistência. Houve um tempo em que eu fazia o impossível para evitá-la adentrar os meus domínios. E quando isso acontecia, discutíamos demoradamente. Era uma experiência desgastante. Aprendi que o melhor a fazer é deixá-la seguir seu curso. Agora, sequer dialogamos. Ela entra, senta-se na sala de estar, sirvo-lhe uma bebida qualquer, apresento-lhe a televisão e a esqueço! Quando me dou por conta, o recinto está vazio. Ela partiu, sem arroubos e sem deixar rastros. Cumpriu sua missão sem afetar minha vida.

Hoje, a doença também me visitou. Mas esta tem outros métodos. E outros propósitos. Chegou sem pedir licença, invadindo o ambiente. Instalou-se em minha garganta e foi ter com minhas amígdalas. A prescrição é sempre a mesma: amoxicilina e paracetamol. Faço uso destes medicamentos e sinto-me absolutamente prostrado! Acho que é por isso que os chamam de antibióticos. Porque são contra a vida. Não apenas a vida de bactérias e vírus, mas toda e qualquer vida…

Hoje, problemas do passado também me visitaram. Não vieram pelo telefone porque palavras pronunciadas ativam as emoções apenas no momento e, depois, perdem-se difusas, levadas pela brisa. Vieram pelo correio, impressos em papel e letras de baixa qualidade, anunciando sua perenidade, sua condição de fantasmas eternos até que sejam exorcizados.

Diante deste quadro, não há como deixar de sentir-se apequenado nestes momentos. O mundo ao redor parece conspirar contra o bem, a estabilidade e o equilíbrio que tanto se persegue. O desânimo comparece estampado em ombros arqueados e olhos sem brilho, que pedem para derramar lágrimas de alívio. Então, choro. E o faço porque Maurice Druon ensinou-me, através de seu inocente Tistu, que se você não chora, as lágrimas endurecem no peito e o coração fica duro.

Limão e Limonada

As ciências humanas estão sempre tomando emprestado das exatas, termos e conceitos. A última novidade vem da física e atende pelo nome de resiliência. Significa resistência ao choque ou a propriedade pela qual a energia potencial armazenada em um corpo deformado é devolvida quando cessa a tensão incidente sobre o mesmo.

Em humanas, a resiliência passou a designar a capacidade de se resistir flexivelmente à adversidade, utilizando-a para o desenvolvimento pessoal, profissional e social. Traduzindo isso através de um dito popular, é fazer de cada limão, ou seja, de cada contrariedade que a vida nos apresenta, uma limonada saborosa, refrescante e agradável.

Aprendi que pouco adianta brigar com problemas. É preciso enfrentá-los para não ser destruído por eles, resolvendo-os. E com rapidez, de maneira certa ou errada. Problemas são como bebês, só crescem se alimentados. Muitos se resolvem por si mesmos. Mas quando você os soluciona de forma inadequada, eles voltam, dão-lhe uma rasteira e, aí sim, você os anula com correção. A felicidade, pontuou Michael Jansen, não é a ausência de problemas. A ausência de problemas é o tédio. A felicidade são grandes problemas bem administrados.

Aprendi a combater as doenças. As do corpo e as da mente. Percebê-las, identificá-las, respeitá-las e aniquilá-las. Muitas decorrem menos do que nos falta e mais do mau uso que fazemos do que temos. E a velocidade é tudo neste combate. Agir rápido é a palavra de ordem. Melhor do que ser preventivo é ser preditivo.

Aprendi a aceitar a tristeza. Não o ano todo, mas apenas um dia, à luz dos ensinamentos de Victor Hugo. O poeta dizia que “tristeza não tem fim, felicidade, sim”. Porém, discordo. Penso que os dois são finitos. E cíclicos. O segredo é contemplar as pequenas alegrias em vez de aguardar a grande felicidade. Uma alegria destrói cem tristezas…

Modismo ou não, tornei-me resiliente. A palavra em si pode cair no ostracismo, mas terá servido para ilustrar minha atitude cultivada ao longo dos anos diante das dificuldades impostas ou autoimpostas que enfrentei pelo caminho, transformando desânimo em persistência, descrédito em esperança, obstáculos em oportunidades, tristeza em alegria.

Nós apreciamos o calor porque já sentimos o frio. Admiramos a luz porque já estivemos no escuro. Contemplamos a saúde porque já fomos enfermos. Podemos, pois, experimentar a felicidade porque já conhecemos a tristeza.

Olhe para o céu, agora! Se é dia, o sol brilha e aquece. Se é noite, a lua ilumina e abraça. E assim será novamente amanhã. E assim é feita a vida.


A perda de significado das palavras

14/06/2010

Antigamente, ou há apenas alguns anos, creio eu , as palavras tinham um pouco mais se significado. É como disse Renato Russo: “sei que às vezes uso/palavras repetidas/mas quais são as palavras/que nunca são ditas?”. Realmente, ainda mais para quem faz jornalismo, é indispensável ter um dicionário de sinônimos ao lado. Palavras são usadas todo o tempo, eu sei. Mas algumas expressões e palavras estão tão desgastadas que não têm mais a credibilidade de outrora.

Amor? Tem certeza?

Amor/amar/Eu te amo – as palavras preferidas de onze em cada dez poetas. De Shakespeare à novelas mexicanas, amor/amar e suas conjugações perderam o sentido. No Orkut, MSN, Twitter, conversas de bar ou ônibus, miguxas (os) gritam aos quatro cantos “eu te amo, amiga”. O “eu te amo” não é mais aquela frase que esperávamos ouvir do (a) homem (mulher) de nossas vidas, prestes a colocar uma aliança no dedo. Hoje, as pessoas amam de tudo: de canetas Bic à chocolates caramelizados, de amigos recém-conhecidos a colegas de escola ou faculdade. Amor/amar (ainda) são palavras fortes, cruciais em certos momentos da existência, e que não merecem ser tratadas com tanta falta de respeito.

Urgente – esse é um caso grave, que entrou em coma devido à invenção das etiquetas com a inscrição “urgente”, em letras MAIÚSCULAS, em fundo vermelho, da Pimaco. Usa-se urgente para tudo, menos para o que de fato tem que ser resolvido com prioridade. Ligações telefônicas, reservas de hotéis, passagens, documentos… Tudo urgente. Reflexos de uma sociedade que não pode esperar, que não pode ficar em filas e sempre arruma uma maneira de cortá-las, que reclama se aparece a baleia no Twitter. Resumindo, estamos cada vez mais ansiosos, tentamos abraçar o mundo e resolvemos cada vez menos coisas, deixando as ‘metades’ pelo caminho.

Para todos os gostos e bolsos – clássico jornalístico, presente em jornais, revistas, guias e sites que falem sobre dicas de restaurantes, viagens. Restaurantes para todos os gostos e bolsos. Hotéis para todos os gostos e bolsos.

Vamos marcar de sair – clássica dos ex-colegas de classe, de faculdade, escola ou trabalho. Sempre que se encontram, seja pessoalmente ou na internet, querem ‘marcar de sair com a galera’, em um dia que nunca chega (experiência própria).

Amigo(a) – “Amigo é coisa pra se guardar/debaixo de sete chaves/dentro do coração…”, disse o poeta. Mas o que se vê hoje é bem diferente. Depois do surgimento das miguxas e do dialeto miguxês, todo mundo vira amigo. Acabou de conhecer = amigo, estudou na Wizard uma vez por semana = amigo. Difícil é saber quem é amigo de verdade…


Dica de viagem: Vitória (ES)

09/06/2010

Vista do convento

É uma pena que o Estado do Espírito Santo seja tão esquecido nas rotas de viagem. Uma tremenda injustiça com uma cidade tão bonita e tão próxima de São Paulo, e ainda por cima, barata.

Para você que não conhece, lamento dizer que Vitória é uma das cidades mais lindas que já vi. Tem praias lindas e limpas – a única ‘sujeira’ que vi por lá foram as algas. O clima é ótimo, fui em dezembro e fez muito calor.

Onde comer?

Os restaurantes no Triângulo das Bermudas, que fica entre trecho entre as ruas Joaquim Lírio e João da Cruza, na Praia do Canto, costumam cobrar em média R$ 50,00 por pessoa, por um prato principal, bebidas e os 10% do serviço.

Pirão – premiadíssimo restaurante localizado na Praia do Canto. Não deixe de experimentar o pirão (óbvio), um pouco mais grosso que o convencional.

No Triângulo das Bermudas há também inúmeras opções de restantes simples, baratos e gostosos.

Dica: nos quiosques da Praia do Canto há muita opção de comida boa e barata. Em uma, encontrei moqueca por R$ 25,00 e camarão por R$ 15,00.

Ah, na frente do Radisson há um bom restaurante, o Lareira Portuguesa.

Onde ficar?

A melhor opção de hospedagem na cidade é o hotel Radisson, localizado em frente à Praia do Canto. Todos os quartos possuem uma vista maravilhosa da cidade, e o atendimento é impecável. Ah, tem um Mc Donald’s na frente, caso a grana acabe! kkk
O único defeito é a piscina, pequena e sem profundidade (1,10m), mas quem precisa de piscina com praias tão lindas?

Hotéis em frente à praia:

Bristol  

 Ibis (quase em frente) 

Senac Ilha do Boi (luxo!)  

Novotel

Passear

Se você for para Vitória, não deixe de passar na feirinha livre da Praia do Canto! Funciona sextas e sábados, a partir das 18h, se não me engano. Tem lembrancinhas ótimas a preços bons. Fica mais ou menos na frente do Novotel. Tem barracas com comidas ótimas, como tapioca, tempurá, churrasco, raspadinha, yakissoba.

Convento de Vila Velha

Convento - Vila Velha (ES)

Não deixe de ir! E vá de táxi (nada barato, por sinal). O Convento fica em Vila Velha, cidade vizinha à Vitória. Foi fundado em 1558.


Lagy Gaga – Alejandro

09/06/2010

Após um bom tempo sem postar, resolvi falar de Lady Gaga. Aquela loira, que geralmente não usa calças, cujas peças só podem ser chamadas de roupas com muita coragem e otimismo.
Gosto do bom e velho rock, mas Gaga é incrível. Após amargos anos enfrentados pela indústria pop, depois da decadência de Britney Spears, X-Tina Aguilera, boy bands como Backstreet Boys e N’Sync, parece que os diretores de gravadoras finalmente têm uma mina de ouro nas mãos.
Gaga não tentou ser mais uma loira-sexy, com potencial para atriz-modelo-e-apresentadora, como vemos aos montes, espalhadas em programas sem sentido, de conteúdo questionável. Ela é incrível justamente por isso: não usa calças, contrariando os chefes que tanto lhe imploraram. Não teme polêmicas – é muita coragem engolir terço, simular sexo e fazer referências à guerra num clipe só, não?
Diferente de tudo o que se viu nos últimos anos, uma enxurrada de cantores pop pré-fabricados, que parecem ter saído de um curso modelo-manequim-estrela-pop, Gaga faz músicas dançantes, que nem nos importamos se serão esquecidas num futuro longínquo ou não.
O que mais me encanta nela é a nova cara do pop – imitadoras, temei!, a nova cara da indústria que insiste em compará-la à Madonna. O fato de ela realmente não se importar em sair por aí de lingerie, sem calças, talvez sem juízo, mas com muita competência no que faz. E o melhor: ela conseguiu gravar um clip com Beyonce, a atual (ou ex?) diva pop, e ser a estrela principal. Diferente de tudo o que já se viu, igual, com melodias que grudam, um pop dançante. Única. E acho que ela não está nem aí para o que pensamos. De verdade.

Gaga, som na caixa!


Poupatempo ou Perca seu tempo? Saga de 4 horas para tirar um RG

19/04/2010

Sábado passado fui ao Poupatempo de Santo Amaro tirar a segunda via do meu RG, já bastante esgastado pela ação do tempo.

Saí de casa às 7h00 e cheguei no local por volta das 8h. Tirei fotos 3×4 e cópia do RG antigo. Abaixo a saga das filas:

1ª Fila: Triagem – chegada: 9h

Com os documentos requisitados em mãos, os requerentes de RG devem ficar na (imensa) fila de triagem. Após cerca de duas horas de espera, fui surpreendida: aquela fila enorme era apenas para me fornecer um papel, escrito à mão, com meus dados e um número de protocolo. Com o papel em mãos, fui para a…

… 2ª fila: pagamento da taxa – chegada: 11h15

Até que a fila para pagar a taxa de 2ª via (R$ 24,63) com cartão de débito não estava grande. Mas quem só tinha dinheiro sofreu. A fila do banco estava gigante.

3ª fila: retirada de senha – chegada: 11h45

Com o papel da triagem e o comprovante de pagamento das taxas em mãos, é preciso pegar outra fila para retirar a senha de atendimento. Na triagem, eles te agendam num determinado horário. Eu estava marcada às 12h00, portanto, só podia retirar minha senha às 11h45.

4ª fila: atendimento, enfim! – Chegada: 12h00

Com a senha e os demais documentos em mãos, enfim fui atendida às 12h45. 45 minutos de espera, pelo menos essa fila tem banquinhos. O painel chama quatro senhas diferentes, para complicar ainda mais. É preciso ficar atento.

Entre chegada e saída, demorei 4 horas para ser atendida. O RG fica pronto em 48h úteis.

Detalhe: como a fila do RG é muito demorada, perdi a manhã e o início da tarde só resolvendo isso. Meu namorado, que precisava também retirar a via definitiva da habilitação, terá que voltar outro dia, pois quando saímos de uma fila, não havia mais senhas de atendimento no Detran.

Mas o Poupatempo tem seus benefícios, é claro. Antes um RG demorava 30 dias para ficar pronto, na época em que íamos às delegacias fazer a identificação. Os atendentes são bem informados e simpáticos. A demora incomodou bastante, afinal, foram mais de 3 horas em pé, e não havia atendimento preferencial. Mulher com criança também tem que ficar na fila.


Manifestantes se reúnem em protesto pelo cão enforcado em São Paulo

15/03/2010

do Blog Justiça para crimes contra animais

Neste domingo (14) de sol, muitas pessoas deixaram de passear com suas famílias ou aproveitar o dia de descanso para se juntarem em um protesto no bairro do Ipiranga, em São Paulo. A motivação foi o bárbaro crime cometido por um homem chamado Ailton Teixeira, que assassinou seu cão por enforcamento no dia 4 de março deste ano. Uma vizinha de Ailton testemunhou o crime e acionou protetores animais, que registraram um boletim de ocorrência no 17º distrito policial.

O corpo do cão foi levado para necropsia, cujo laudo sairá amanhã (segunda-feira, 15). Com este laudo em mãos, o próximo passo será o pedido de resgate dos demais animais que se encontram sob a tutela do agressor: dois cães, um papagaio e um curió (estes últimos, inclusive, por serem animais silvestres, estão ilegalmente em sua residência). O caso provocou a comoção não só de protetores, mas também de pessoas comuns, vizinhos, transeuntes, internautas.

Cerca de 150 pessoas trajando preto em sinal de luto pela morte do animal compareceram às 10h da manhã ao bairro e juntaram-se em uma caminhada carregando faixas com mensagens de protesto até a delegacia que abriu o processo. Em frente à 17ª DP, os manifestantes se posicionaram silenciosamente com as faixas, enquanto representantes do grupo e o advogado Dr. Marcello Bittencourt Monteiro Filho, que está cuidando do processo, foram recebidos pelo delegado de plantão, Dr. Leandro Rocha Pereira. Este esclareceu que, pelo fato de não ter havido flagrante, uma vez que o criminoso fugiu, caso ele fosse levado à delegacia, seria apenas ouvido, assinaria um termo de responsabilidade, o caso iria para o Ministério Público e o indívíduo pagaria com uma cesta básica. Por isso, o processo foi aberto e, com a junção de provas e laudos anexados ao processo é que se tentará comprovar o crime cometido, incluindo as ameaças de morte que o indivíduo tem feito à pessoa que denunciou o assassinato e deve em breve prestar queixa. O caso foi encaminhado ao DPPC (Departamento de Polícia de Proteção à Cidadania), que tem atribuição de registro para crimes ambientais. Manifestantes ocuparam todo o calçadão em frente à delegacia O delegado mostrou-se sensível à causa, declarando-se vegetariano e lembrando que faltam à população a consciência e informação.

Ao saírem da delegacia, os ativistas encaminharam-se à rua onde Ailton reside, posicionando-se pacificamente em frente à sua residência, manifestando palavras de ordem e exigindo punição ao crime cometido. A casa estava fechada e ninguém foi visto lá dentro. Leoni Bacci, ex-vizinha de Ailton, declarou ter-se mudado de lá por conta das atrocidades que viu o acusado cometer. Manifestantes protestam em frente à casa do assassino Dr. Marcello, advogado que está no caso desde o início e o acompanhará até o final, afirma que a legislação é fraca e, caso Ailton seja condenado pelo crime contra o cão, provavelmente responderá ao processo em liberdade, pois a pena máxima não ultrapassaria dois anos. Por isso serão anexados ao mesmo processo as ameaças que ele tem feito à testemunha e a manutenção ilegal de animais silvestres em cativeiro. Infelizmente , perante a lei, o crime contra um cão não tem a mesma importância que a ameaça a uma testemunha.

O doutor deixa ainda um alerta aos que presenciam maus-tratos a animais: “Eu faço um apelo à população: não sintam medo de denunciar. A polícia e os advogados estão aí pra isso.

Se você tem medo de alguma represália, consulte um advogado, consulte a delegacia do seu bairro, ou um promotor. Nós não estamos mais na idade da pedra. Não podemos mais aceitar esse tipo de crime. Os animais também têm direito à vida. Não sintam medo de denunciar, porque tem muita gente esperando a sua denúncia para fazer o cumprimento da lei.” Ailton já tem históricos de maus-tratos contra animais e passagem pela polícia, o que pode fazê-lo perder a primaridade como réu.

Além disso, há algum tempo foi visto espancando um pit bull que amarrou em uma árvore. Ironia: na porta da casa do assassino um alerta contra a periculosidade do cão O advogado afirmou, ainda, já ter tentado retirar os animais de Ailton, que se recusou a entregá-los. O temor atual é de que ele venha a cometer novos crimes, por isso aguarda-se do juiz um mandado de busca e apreensão para retirada dos animais que ainda se encontram na casa. Acredita-se que não apenas os animais que convivem com ele estejam correndo risco, mas também os filhos, a mulher e quem quer que passe pelo seu caminho.

Estudos comprovam que 40% das pessoas que cometem crimes com animais farão o mesmo com pessoas. Velas foram acesas pelo cão na calçada da residência Fabio Paiva, coordenador geral do Grupo de defesa Holocausto Animal, esteve presente e expressou sua opinião sobre o caso e a importância de que ativistas se manifestem: “A gente sabe que, se este sujeito for condenado, o máximo que ele iria pagar seria uma cesta básica. Isso é suficiente para um ato como o que ele cometeu? Não. Então, em termos de legislação, enquanto não tivermos um político verdadeiramente do nosso lado, uma pessoa que se possa dizer que é da defesa animal e não se corrompe ao chegar ao poder, não teremos leis. Um sujeito desses merecia no mínimo uma cadeia. Mesmo que fossem, 30, 60 ou 90 dias de prisão – para sentir na pele e pagar um pouquinho do que ele fez. Por isso eu acho válido esse tipo de manifestação, para informar a população, para que a vizinhança não se acovarde, pois notei que os moradores daqui têm medo de dar entrevista.

A manifestação é válida não no sentido da aplicação da lei, pois esta não vai ter mesmo, mas para que as pessoas saibam que elas não estão sozinhas, que existem pessoas que se dispõem a sair nas ruas e se manifestar por um simples cachorrinho.” Histórico do caso: http://caodoipiranga.blogspot.com

Abaixo-assinado: http://www.petitiononline.com/ipiranga/petition.html